Esta mensagem está impressa em meu cartão de aniversário, meus dezoito anos, que pretendo eternizar. Sim, pois, decidi que apartir de agora só terei aniversários de 18 anos. Assim nunca serei nova demais, ou velha demais. Sem falar que é considerada por muitos uma data importante, o aniversário de dezoito anos. Tanto que, no meu real aniversário de 18 anos (o primeiro), tive até festa surpresa. Foi quando recebi o cartão, o que nos leva de volta ao assunto: a mensagem do Guimarães Rosa, e o quão certa eu acho que está.
No decorrer desta minha longa vida - longa sim, afinal eu já passei do segundo aniversário de 18 anos - eu percebi que foram muitas as Brunas que viveram com este mesmo nome, cara, jeito e origens. Foi por isso que escolhi o nome deste blog, em homenagem à aquela Bruna que criou o seu primeiro blog, a Bruna de 12 anos, bobinha, jovem e incoerente, que falava "miguchês" e sonhava em casar com o Tom Delonge, do Blink 182.
É fato que nunca somos a mesma pessoa quando acordamos pela manhã. Mesmo os mais dogmáticos, os mais conservadores, aqueles que batem o pé e dizem que sabem quem são, que sempre souberam, ou que estão velhos demais para mudar. Eles mudam, você muda, e eu então, a mutação em pessoa. Mudamos porque o mundo muda, porque as pessoas que conhecemos, as conversas que temos ou as coisas que lemos afetam nossas certezas sutilmente. E você sabe disso.
Eu costumo tentar analisar os pequenos detalhes que acontecem e mudam minha perspectiva, meu curso. A maioria deles passa despercebido por mim, mas alguns eu sou capaz de capturar com a minha mente distraída. Como a minha escolha pelo curso de Relações Internacionais, em 2008. Eu provavelmente não teria dado a atenção ao curso não fosse a conversa que tive com a Leda quando ela veio visitar eu e o Adan. Estavamos nós conversando sobre que rumo eu e a Maíra dariamos a nossa vida, e ela comentou sobre o fato da própria Maíra estar considerando este curso. "Relações Internacionais? Este eu não conheço." A partir daí, passei a conhecer. Buscar sobre.
Teria eu escolhido este curso não fosse esta conversa? Talvez.
Talvez também, a risada daquela Bruna de 12 anos e a desta que aqui escreve nesta noite de domingo seja a mesma. A minha paixão pelo Blink 182 também permanece, só que não tão desesperada. Eu estou em um momento Oasis, nestes últimos meses. São muitos "talvezes" que não há como fugir, pois não há como saber. Fica no talvez. Talvez.
Eu poderia listar uma série de acontecimentos, pessoas, conversas ou dias que mudaram a minha vida. Poderia, porém não vou, porque a Bruna de hoje não está com tanta paciência e sequer acha isso interessante para qualquer outra pessoa se não ela mesma, e as Brunas do amanhã. Só citei a conversa com a Leda para exemplificar minhas afirmações. Afirmar coisas sem exemplos é fraco demais, qualquer um pode criar um blog e afirmar mil coisas. A Bruna de alguns anos atrás não achava exemplos necessários. Essa acha.
E depois de muitas voltas em torno deste assunto, depois de falar sobre eu mesma na terceira pessoa (adoro isso!), eis que vou abrir uma latinha de coca-cola normal e retornar as remotas atividades de um domingo a noite. E amanhã é segunda. Eu odeio segunda... será que um dia isso mudará? (duvido.)
Como já dizia o filósofo grego cujo nome eu sempre esqueço: "Real é aquilo que está sempre mudando"
ResponderExcluirLogo, se você não mudar quer dizer que você não existe =P
E a gente vive nessa, imaginando: mas e se não fosse aquilo, será que hoje seria isso? o não-ser, que nem é, nem foi. E nem por isso a gente deixa de se arrepender.
ResponderExcluirE eu lembro da Bruna dos 12 anos e do seu primeiro blog. sabe o que eu lembro? que eu tinha escrito no meu sei-lá-o-quê em ingles. e aí tu comentou assim: aah tu é como o adan, que sabe falar inglês. e aí agora tu faz relações internacionais.
c'est la vie. e é bonita, é bonita e é bonita hahha
beeeijo bruna